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Juazeiro do Norte,27/04/2024

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Ao lado de Macron, Lula diz que francês viu que compromisso do Brasil com meio ambiente 'não é retórico'

g1.globo.com
Ao lado de Macron, Lula diz que francês viu que compromisso do Brasil com meio ambiente 'não é retórico'


Presidentes deram declaração à imprensa nesta quinta-feira (28). Evento em Brasília marca terceiro e último dia da passagem de Macron pelo Brasil; antes, ele esteve no Pará, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Lula e presidente francês, Emmanuel Macron, em evento em Brasília
TV Globo/Reprodução
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (28) que o presidente da França, Emmanuel Macron, constatou nos últimos dias que o compromisso do Brasil com o meio ambiente "não é retórico".
Os dois fizeram fizeram uma declaração à imprensa nesta tarde, no Palácio do Planalto, em Brasília. No Brasil desde terça-feira (26), Macron finalizou na capital federal a passagem pelo país, que também contou com um encontro com o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Antes, também visitou Pará, Rio de Janeiro e São Paulo.
Lula afirmou que, durante as viagens, o francês presenciou os esforços brasileiros para o desenvolvimento sustentável.
"O presidente Macron pôde constatar pessoalmente que o nosso compromisso com o meio ambiente não é retórico. No último ano reduzimos o desmatamento ilegal na Amazônia em 50%, e vamos zerá-lo até 2030", afirmou.
Lula recebe presidente francês, Emmanuel Macron, no Palácio do Planalto
TV Globo/Reprodução
O petista também disse que a parceria entre Brasil e França está fortalecida. Nesta quinta, os dois presidentes assinaram mais de 20 acordos de cooperação entre os países, em áreas como meio ambiente, inteligência artificial, direitos humanos e igualdade de gênero.
"O Brasil e a França estão decididos a trabalhar juntos para promover, pelo debate democrático, uma visão compartilhada de mundo", disse.
"Uma visão fundamentada na prioridade da produção sobre a finança improdutiva, da solidariedade sobre o egoísmo, da democracia sobre o totalitarismo, da sustentabilidade sobre a exploração predatória", continuou.
Lula também afirmou que "o Brasil rechaça categoricamente todas as manifestações de antissemitismo e islamofobia".
"Não podemos permitir que a intolerância religiosa se instale entre nós. Judeus, muçulmanos e cristãos sempre viveram em perfeita harmonia no Brasil, ajudando a construir o país moderno de hoje."
Já Macron disse que existe uma "amizade recíproca" entre os dois países, citou o 8 de janeiro e disse que a Praça dos Três Poderes foi "maltratada por inimigos da democracia".
Lula também concedeu a Macron o Grande Colar da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, a mais alta condecoração brasileira atribuída a cidadãos estrangeiros.
No fim da tarde, o presidente francês tem um encontro com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Embate sobre guerra e acordo
Mais cedo, Macron foi recebido em cerimônia oficial em Brasília. Em seguida, os presidentes participaram de uma reunião bilateral, em que discutiram assuntos sobre os dois países discordam no campo da política internacional, como o acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul, e a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
Questionados sobre os entraves impostos pela França nas negociações do acordo de livre comércio entre os blocos, o presidente Lula afirmou que não é uma negociação entre França e Brasil, mas, sim, dos blocos. Ele também declarou que, se Macron tivesse que reclamar com alguém, deveria ser com a própria União Europeia e seus negociadores.
O presidente francês, por sua vez, voltou a afirmar que o texto do acordo tem mais de duas décadas e que não traduz as premissas de sustentabilidade que a França deseja implementar para a economia.
De acordo com Macron, não faz sentido defender a bioeconomia e processos de produção que respeitem ao meio ambiente, e firmar um acordo que incentivam produtos que não seguem esses padrões.
Macron reafirma oposição ao acordo entre Mercosul e União Europeia
Na conversa com jornalistas, Lula foi questionado sobre Macron não descartar enviar tropas para a guerra na Ucrânia. Já Macron foi questionado sobre a posição de Lula, de não vetar a participação do presidente russo, Vladimir Putin, à reunião do G20, que ocorrerá no Brasil, neste ano.
Macron disse que o Brasil se colocou desde o início contra a invasão da Ucrânia pela Rússia, e que os países estão juntos nisso, mas podem tomar posições diferentes sobre questões específicas.
Lula, primeira-dama Janja e ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, recebem presidente francês, Emmanuel Macron
TV Globo/Reprodução
Passagem pelo Brasil
Lula e Macron discutem preservação ambiental e se se reúnem com lideranças indígenas em Belém
A visita de Macron encerra um hiato de oito anos – o último presidente francês a vir ao Brasil foi François Hollande, que participou da abertura da Olimpíada do Rio em 2016.
A terça-feira (26), primeiro dia do presidente francês no Brasil, não foi marcada apenas pelo anúncio de uma parceria bilionária pela bioeconomia na Amazônia, mas também por uma série de posts nas redes sociais e "mimos" para o visitante.
Ensaio de Lula e Macron no Pará viralizou nas redes sociais
Ricardo Stuckert/PR
Em Belém, cidade que vai receber a Conferência do Clima da ONU (COP30) em 2025, na primeira parada da visita de três dias pelo país, Macron recebeu presentes do governador do Pará, Helder Barbalho.
'Ensaio de pré-casamento': fotos de Lula com Macron rendem memes e piadas nas redes sociais
Na pequena bolsa de palha entregue ao presidente francês havia três camisas: uma tradicional camisa do Marajó, produzida no estado do Pará, e duas dos principais times de futebol paraenses – Remo e Paysandu.
Presidente da França, Emmanuel Macron, e governador do Pará, Helder Barbalho
Instagram/Reprodução
Nas redes sociais, os dois presidentes fizeram questão de fazer postagens conjuntas – quando a publicação aparece simultaneamente nos dois perfis, reforçando a estratégia de parceria entre eles.
Na quarta-feira (27), Macron passou por Itaguaí (RJ), também acompanhado por Lula, onde a Marinha do Brasil deu início às operações do submarino Tonelero (S42), que faz parte do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), desenvolvido em parceria com a França com orçamento de aproximadamente R$ 40 bilhões.
Os presidentes do Brasil, Lula, e da França, Macron, durante lançamento de submarino no Rio de Janeiro
Reprodução/Canal Gov
Ainda na quarta, Emmanuel Macron foi a São Paulo para um encontro com investidores brasileiros. Brasília foi a última parada no país.
O presidente francês deve voltar ao Brasil em novembro para as reuniões da Cúpula do G20, no Rio de Janeiro, e para a Conferência do Clima da ONU (COP30), que será sediada em Belém em 2025.




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