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Juazeiro do Norte,29/04/2024

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'Eixo de Resistência': conheça os grupos envolvidos na crise do Oriente Médio apoiados pelo Irã

g1.globo.com
'Eixo de Resistência': conheça os grupos envolvidos na crise do Oriente Médio apoiados pelo Irã


Irã vem há anos apoiando grupos que atacaram Israel recentemente, como o Hezbollah e o Hamas. Entenda a relação do país com essas organizações. Entenda a linha do tempo da escalada de tensões entre Irã e Israel
O Irã lançou um ataque inédito contra Israel na noite de sábado (13), escalando ainda mais a crise que avança pelo Oriente Médio. Até então, o país não havia atuado diretamente no conflito entre Israel e o Hamas, que já dura seis meses.
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Mesmo estando diretamente fora da guerra, o Irã vem há anos apoiando grupos que atacaram Israel recentemente. Esses grupos, unidos, se denominam como Eixo da Resistência.
Além do Hamas, fazem parte do eixo o Hezbollah, os Houthis e grupos armados xiitas no Iraque e na Síria.
Veja, a seguir, como esses grupos surgiram e se aproximaram do governo iraniano.
Hamas
Foto de arquivo mostra um combatente do braço armado do Hamas durante uma parada militar
Getty Images
O Hamas é a maior organização islâmica nos territórios palestinos. Ele faz parte de uma aliança regional que inclui o Irã, a Síria e o grupo islâmico xiita Hezbollah.
O nome em árabe é um acrônimo para Movimento de Resistência Islâmica, que teve origem em 1987 após o início da primeira intifada palestina contra a ocupação israelense da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.
Ele é considerado terrorista por Israel , assim como pelos Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia.
O grupo não aceita as condições propostas pela comunidade internacional: reconhecer Israel, aceitar os acordos anteriores e renunciar à violência.
O grupo tem um braço político e também atua com operações militares. Desde 2007, o Hamas passou a controlar a Faixa de Gaza.
Hezbollah
Membros do Hezbollah desfilam durante um comício que marca o Dia de Al-Quds nos subúrbios ao sul de Beirute
Mohamed Azakir/Reuters
O Hezbollah, que significa "Partido de Deus", foi criado no Líbano no começo dos anos 1980 com o objetivo de lutar contra as forças israelenses que haviam invadido o país.
O Hezbollah também é um partido político legítimo –eles participam das eleições parlamentares e têm seus deputados.
Atualmente, o grupo é conhecido pela força militar, pela influência política e pelo alinhamento ao Irã. Além disso, o Hezbollah também controla algumas partes do território libanês.
Ao longo dos anos, o Hezbollah serviu de modelo para outros grupos apoiados pelo Irã no Oriente Médio, inclusive fornecendo ajuda e treinamento.
O grupo tem realizado ataques constantes contra alvos israelenses na fronteira entre o Líbano e Israel desde outubro de 2023.
O Hezbollah diz que os ataques conduzidos pelo grupo ajudaram a desgastar o Exército de Israel. Por outro lado, libaneses e israelenses que moram na região foram forçados a deixar as próprias casas em busca de segurança.
Fontes de segurança israelenses dizem que Israel matou cerca de 240 combatentes do Hezbollah, incluindo comandantes de alto escalão no Líbano, desde 7 de outubro de 2023. Outros 30 membros do grupo foram mortos em ataques israelenses na Síria.
Os Estados Unidos e alguns países aliados consideram o Hezbollah como uma organização terrorista.
Houthis
Os houthis se tornaram uma força poderosa no Iêmen
REUTERS
O grupo rebelde Houthi conseguiu o controle de áreas do Iêmen durante uma guerra civil que começou no país em 2014. À época, os houthis tomaram a capital Sanaa e derrubaram o governo do país, que fazia oposição ao Irã.
O conflito no Iêmen levou a Arábia Saudita a intervir na região, apoiando o governo que havia sido deposto pelo grupo rebelde. Os sauditas também acusaram o Irã de armar, treinar e financiar os houthis.
Em outubro de 2023, os houthis entraram no conflito entre Israel e o Hamas disparando foguetes contra o território israelense.
Nas semanas seguintes, o grupo passou a atacar navios no Mar Vermelho com o objetivo de atingir Israel. Isso prejudicou e trouxe insegurança à rota de navegação mais curta entre a Europa e a Ásia.
Os ataques em alto mar levaram os Estados Unidos e o Reino Unido a bombardear alvos do grupo rebelde no Iêmen, em janeiro deste ano.
Os EUA acreditam que a Guarda Revolucionária do Irã tem ajudado a planejar e realizar ataques dos houthis. O Irã nega envolvimento.
Resistência Islâmica no Iraque
Homens diante da entrada de quartel-general da milícia pró-Irã Hashd Al-Shaabi, em Bagda, no Iraque, atacado por drones em 4 de janeiro de 2024.
Hadi Mizban/ AP
Grupos xiitas ligados ao Irã ganharam força no Iraque após o país ser invadido pelos Estados Unidos em 2003. Esses grupos desenvolveram milícias com milhares de combatentes.
Em outubro do ano passado, uma união de grupos chamada Resistência Islâmica no Iraque fez ataques contra forças militares norte-americanas instaladas no Iraque e na Síria.
O objetivo da resistência com os ataques seria uma resposta aos bombardeios de Israel na Faixa de Gaza, além das operações militares norte-americanas em solo iraquiano.
No fim de janeiro deste ano, três soldados americanos morreram e pelo menos 40 ficaram feridos em um ataque com drones do grupo na Jordânia, perto da fronteira com a Síria.
A Casa Branca afirmou que o Irã estava por trás dessa e de outras operações. Já o governo iraniano negou a acusação.
Em 1º de abril, a Resistência Islâmica no Iraque reivindicou a responsabilidade por um ataque aéreo em Eilat, em Israel.
Síria
Presidente sírio, Bashar al-Assad, participa de reunião do seu partido
Sana / AFP
O governo sírio liderado pelo presidente Bashar al-Assad faz parte do Eixo de Resistência.
Apesar de ainda não ter desempenhado nenhum papel direto no conflito entre Israel e o Hamas, a Síria tem sido usada como palco para uma escalada de tensões.
Tanto milícias apoiadas pelo Irã quanto o próprio Exército de Israel já fizeram ataques contra alvos inimigos dentro da Síria.
Além disso, o ataque do Irã contra Israel no sábado foi motivado por um bombardeio israelense contra o consulado iraniano em Damasco — que provocou a morte de um importante membro da Guarda Revolucionária do Irã.
Forças apoiadas pelo Irã também estão posicionadas na Síria. Os governos dos dois países afirmam que forças iranianas estão em território sírio desempenhando um papel consultivo.
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